aula n 2 | TRABALHO DE BASE


Estudaremos aqui:

  • Entender a lógica pela qual as igrejas evangélicas operacionalizam a diminuição das necessidades dos povos que vivem nas franjas urbanas, bem como, fazem a escuta das necessidades simbólicas desses oprimidos, são temas que, compartimentados em duas frentes de estudo, trabalharemos aqui.

Educadores

Com a presença de Christina Vital e Marco Fernandes.


Material de apoio:


Material Complementar:

Igreja, periferia e trabalho de base nas igrejas

O último censo trouxe um dado muito importante que contraria a visão de que os evangélicos estão nos grandes templos, frequentando as Igrejas de pastores midiáticos como Silas Malafaia e Edir Macedo. A maioria dos frequentadores das igrejas evangélicas está nas pequenas “igrejas de bairro”, em espaços que antes serviam como garagem, cujo pastor também é uma liderança comunitária e muitas vezes não recebe nada ou muito pouco para exercer sua função. São essas igrejas que têm dado respostas objetivas e subjetivas para as necessidades cotidianas da classe trabalhadora mais empobrecida. São espaços de encontro, acolhimento e refúgio de tantas opressões vividas pelo povo. Buscaremos compreender a metodologia de trabalho de base das igrejas periféricas e refletir o que essas experiências de trabalho popular têm a ensinar ao nosso campo.

Mulher negra e periférica e as igrejas evangélicas

Em janeiro de 2020, o Datafolha divulgou o resultado de uma pesquisa em que afirma que o rosto evangélico é de uma mulher, negra e moradora da periferia. Por que essas mulheres que estão na base da pirâmide social do nosso país buscam refúgio na Igreja? Muitas mulheres procuram as instituições religiosas como respostas aos seus dramas familiares, dado que se sentem responsáveis pela organização privada da vida. São elas também que, não raro, ao adentrar na Igreja tem o papel de converter filhos e companheiros, reordenando sua vida cotidiana. São frequentes os relatos do quanto a Igreja transformou a realidade cotidiana das mulheres empobrecidas envolvendo a mudança na vida dos diversos membros da família e também ampliando suas redes de apoio. Debateremos o que a classe, gênero e raça têm a nos dizer sobre esses dados a partir da reflexão sobre o papel das mulheres nas igrejas das periferias e as transformações na vida dessas mulheres – além dos limites dessas transformações no que diz respeito ao aprofundamento das opressões de gênero em nossa sociedade.

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